Jogar é fácil e engraçado, mas ao fim de algum tempo torna-se aborrecido. Bem, sempre tem alguns níveis para passar, ou podemos jogar com os amigos, mas tem sempre um fim. E depois? Bem... depois compra-se outro jogo e começa-se tudo de novo.
E os pais, deverão estar preocupados? Em alguns casos devem estar sim. É que com o jogar vem a falta de estudo e os jogos para pouco servem. Bem ... lá vem um caso ou outro em que se ganha dinheiro a jogar, por exemplo como beta tester de jogos.
E será que não dá para aprender alguma coisa com isto? Ou ganhar alguns trocos? Bem.... na verdade até dá, mas temos que passar para o outro lado.... a criativadade... o design... a programação.
Vamos então ver como começar!
Nos laboratórios do MIT nasce uma ideia, ensinar as crianças a fazer jogos. Nasce então o Scratch.O scratch é uma linguagem de programação que usa objectos em vez de linhas de comando e que permite a crianças a partir dos 6 anos que começem a programar e criar os seus próprios jogos.
Também na Microsoft aparece o conceito, agora virado para o 3D, e com uma fasquia para idades maiores. Qualquer criança com mais de 9 anos conseguir utilizar o programa.
Kodu, foi o nome, agora rebatizado, que a Microsoft arranjou. Anteriormente era o "LittleBigPlanet of the Xbox 360"
O Kodu permite que se façam jogos em 3D, começando por criar um mundo, depois colocando personagens, e no fim criar eventos associados a cada objecto, muito à semelhança do Scratch. No entanto o Kodu não permite que modifiquemos os sprites, apenas misturamos bonecos e alteramos as cores. Com o Scratch a criança pode usar mais a imaginação, e com o Kodu pode no final jogar melhor e ter melhores gráficos. Cada um terá a sua utilidade.
Para crianças ficamos por aqui. Agora seguem-se as plataformas para programadores.
Na cadeia da evolução :-) , temos o RPG Game Maker (link) . Com este editor, pode-se fazer já jogos do tipo aventura com todas as ferramentas que precisa. A linguagem já não é gráfica mas sim recorrendo a scripts.
E subindo ainda mais na fasquia, temos o DX Studio (link). Este ferramenta já tem algum custo, mas quando comparada com grandes aplicações para desenvolvimento de jogos, vale bem a pena.
Trabalhar com o DxStudio não é para qualquer um. O programa utiliza a linguagem java para programar os eventos, e está muito virada para o 3D. No entanto se quisermos também funciona com 2D. Os jogos gerados podem correr em PC, e na Web. Existem desenvolvimentos para que possam correr também na playstation, Xbox, Android e Wii, mas por enquanto temos que esperar pela versão 4 para ver.
E é claro que existem muitos mais como por exemplo o Garage Games (link), muito utilizado na criação de jogos. Suporta todo o tipo de imagens e sons, tem um GUI fácil de utilizar e recorre a uma linguagem de scripting do tipo C++.
Os jogos feitos nesta plataforma pode correr em PC, Mac, XBox360, Wii ou iPhone.
E não podíamos deixar de falar no famoso Unity (link). Uma maravilha das maravilhas na programação de jogos em 3D. O preço também já anda acima dos 1000€. Existe uma versão grátis para testar ou utilizar em casa.
Os jogos realizados com o Unity podem correr em PC, Mac, Web, iPhone, iPad, Android, Nintendo Wii, Xbox360 e PS3. Muito bom mesmo. Os scripts que correm no programa utilizam a linguagem Java, C# e uma variante do Phyton.
E sim, é claro que nestes últimos é preciso saber programação. Apenas o Kodu e o Scratch se destinam a crianças. Todos os outros são para programadores com algum conhecimento em programação.
E na Drakobox ? Qual é que utilizamos? Bem, para o ensino utilizamos o Scratch e o Kodu, numa fase muito inicial. Depois passamos logo às bases de programação. Ninguém consegue fazer jogos a sério se não souber programar em Pascal ou em C. Nós pessoalmente utilizamos o Delphi, uma evolução do turbo pascal, e em casos de programação para plataformas, utilizamos o C#.
Para fazermos jogos, estamos a testar o DXStudio para o 3D, embebido no nosso jogo, e para o 2D estamos a desenvolver o nosso próprio motor de jogo. O editor depois de criado irá permitir criar animações e jogos para windows ou Linux, com aceleração gráfica, suporte multi-monitor, suporte a joysticks e Kinect, e tem como destino professores e pessoas que precisem de criar animações e jogos simples mas com poucos conhecimentos de programação. Resumindo, uma espécie de Scratch para profissionais. Quando vai estar pronto? Depende dos pedidos. Por enquanto estamos a desenvolver para criar os nossos próprios jogos e deverá estar pronto neste verão uma versão inicial. Se tudo correr bem colocaremos no mercado antes do final do ano.
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